05 novembro 2005

"Venha o que vier o amor é incondicional... Podes contar comigo quando tudo te parecer mal..."


Joaninha (Bem-Vinda!)

13 de Novembro, 4 da tarde, faz frio lá fora
o ano é 2002, acho que já te disse a hora
o lugar é Lisboa ao pé do parque das nações
o mundo é teu, já te explico as razões e senões
deste lugar onde vieste parar sem saber como
sê bem-vinda ao jardim, eu serei o teu mordomo
eu sou o gajo do chapéu azul-bébé como tu
no meio da confusão que luta pelo teu olhar nu
não nos leves a mal mas deixaste-nos perplexos
tens vinte minutos de vida e fazes estragos complexos
com essa língua de fora e os olhitos bem rasgados
hás-de dar dores de cabeça até aos mais preparados
como o teu pai que tá histérico, vestido como um doutor
esse a quem agora tiraste toda e qualquer dor
há de stressar contigo vezes sem conta, acredita
o amor é um gajo estranho, às vezes até irrita
por isso vai-te habituando a ter muita paciência
somos todos complicados e é preciso ter experiência
para atinar neste planeta a quem chamaram Terra
sem darmos bem por isso aí vem mais uma guerra
Vivemos na tuga, um país que até é bem tranquilo
Se me dessem a escolher não dava um vacilo
Não é perfeito nem nada que se pareça
Ainda depende de nós para que muito aconteça
O que acaba por ser porreiro porque te dá motivação
Não temos nada garantido na palma da nossa mão
Há mesmo sítios onde a esperança quase já não existe
O que vale é que há sempre alguém que resiste
E insiste em fazer a diferença para melhor
Dá tudo por tudo com muito sangue e suor
Com tanta pressa que tiveste para cá chegar
Só posso acreditar que tenhas muito para nos dar
Pareces-me rebelde e é mesmo isso que se quer
És Joaninha de nome mas já vejo uma mulher
Venha o que vier o amor é incondicional
Podes contar comigo quando tudo te parecer mal
É natural, quer dizer que não andas a dormir
E não há nada pior nesta vida do que não sentir
Queria dizer-te tanta coisa, mas ainda nem me vês
E o tempo há-de trazer todos os teus porquês
À bocado fiz umas contas e senti-me mal
Quando tiveres dezoito anos eu vou ter quarenta e tal
Tenho medo de não perceber o teu mundo nessa altura
Mas acredita o feeling que sinto não é sol de pouca dura
E por muito cota e datado que te possa parecer
Fui e sou mais janado do que gostava de ser
Por isso tá à vontade, manda vir que eu aguento
No mínimo posso tar é se calhar um pouco lento!

Pra menina Joana, e pró Alex, para o outro Alex, para o Tiago e para todas as sementes!


E estão vocês a pensar: Mas quem é esta Joaninha? Pois é.. esta Joaninha é a sobrinha do Pacman, vocalista dos Da Weasel, que lhe dedicou esta fantástica canção. E voltam a perguntar vocês: E o que é que isto a ver com a nossa Francisca? E a resposta é simples.. TUDO! Para quê perder tempo a inventar as palavras? Saber encontrá-las às vezes é bem mais complicado.. e estas vieram ter comigo sob a forma de música! Mesmo que não gostem dos Da Weasel, ouçam a música, acreditem que não vão ficar desiludidos.
Esta música fala de muita coisa, mas fala sobretudo de um novo amor na vida de um homem, um homem que deixa de ser um simples homem, e passa a ser PAI!
E é por isso que dedico esta música a todos os Pais!
Ao meu grande PAIZÃO em especial que eu adoro!
E ao mais recente papá, o meu grande amigo e cunhado Nando, que é e será sempre um grande pai para a nossa princesinha! Esta é a minha forma de te agradecer pelo teu comentário no post anterior ;) 1 Abraço forte do coração!

Abraços para os papás, bjinhos para as mamãs, e um beijo muito especial para a minha sobrinha!